sábado, 5 de fevereiro de 2011
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Sonhas-te ter aquilo que sempre quiseste ter. Deste voltas e mais voltas, viras-te tudo ao contrário, até a tua própria vida, a tua própria personalidade. Viras-te tudo contra ti, até tu mesmo, para conseguir aquilo que tu querias. Conseguis-te? Não. Falhas-te e voltas-te a falhar e agora arrependes-te e queres voltar atrás, mas, já ninguém aceita aquilo em que te tornas-te, ninguém aceita o monstro que és agora. Amava-mos o teu passado e orgulhávamo-nos de tal, sorríamos por saber que vinhas e chorávamos por saber que partias. Mas já nada é igual. Agora olhas à tua volta e vês montes de pessoas que já não querem saber de ti, que já não se querem apoderar da tua amizade para trazer com ela montes e montes de sorrisos. Agora só vês negro, só vês pessoas que olham para ti e soltam gargalhadas de gozo, dás por ti num mundo em que todos te subestimam, em que todos te rejeitam e perguntas “Mas porquê?”. E é nessa parte em que andas para trás no tempo e paras no momento em que mudas-te. Pensas no que passas-te antes e no que passas-te depois. E sorris. Sorris por saber que em tempo, tiveste alguém que realmente gostava de ti e que mesmo que tivesses todos os defeitos que tinhas, estava do teu lado para te manter sempre de pé. Lembras-te disso, ou seja, lembraste-te do antes. Depois, lembraste-te do “depois”, e agora? Choras. Choras porque sabes que nada volta, choras porque pensas que se chorares vais esquecer. És levado a erro e o erro levou-te a ti. Levou-te para que mudasses por amor. Mudas-te por quem não te merecia de facto, mas estás feliz, mas no fundo choras. Choras porque o amor não vai durar o tempo que tu queres, e quando menos esperares vais acabar sozinho, no mundo que tu crias-te. Vais ficar sem amigos, sem amor, sem tudo o que tiveste. Foste um homem de sorte, mas nunca foste digno de um passado recheado de tudo o que tiveste.
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