sexta-feira, 26 de novembro de 2010

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E agora estás aqui, assim, sem dizer uma única palavra, sem mostrar um único gesto, estás imóvel e não te sai nada. Achas que concretizar os teus sonhos não é concretizar os meus, achas que o teu sorriso nunca poderá vir a ser o meu, achas que as minhas lágrimas serão sempre uma simples lavagem de memórias e que o meu sorriso nunca fará parte do teu mundo: ao qual tu juras-te que eu me iria juntar e que iria ser sempre assim, tão perfeito, tão ideal (…) Limpas-te os meus passos pelos caminhos que eu passava e que tu ao acaso também passavas, rasgas-te as folhas em que escrevi o que se passava a cada minuto. Mas eu contínuo a ter tudo guardado, não em folhas que te dei, não em caminhos que pisei, não em fotos que tirei, mas tudo onde ninguém tira, onde tudo é tesouro, onde tudo é real, onde limites são os fins, àquilo que eu chamo de memórias inesquecíveis. Chamas-me aquilo que tu não queres quando a tua cabeça não ouve o que devia ouvir, onde o coração não sente aquilo que tu queres sentir. Quando achas que já não tens mais problemas e que consegues mover mares e marés, consegues mover chuva e nuvens, consegues levar-te ao cais e levar-te aos limites de tudo aquilo que toda a gente teme: amar sem preconceitos, ser quem és sem mostrar ao mundo algum medo que seja. E o principal de tudo: mostrares ao mundo que amar nem é difícil quando se é amado também e quando não se é, não temos como opção desistir mas sim, continuar com mãos e pés os nossos objectivos e lutar até conseguir. Porque amar é sorrir, sorrir é amar, sorrir é ser feliz e não pensar em mais nada, é ser lutador do mundo e conquistador do próprio, é ser vida e viver, é lutar e nunca perder. E então, ser feliz é assim tão complicado?

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